Sendo a floresta Laurissilva um universo vasto e complexo, nem sempre é possível observar todas as espécies. O Núcleo de Educação Ambiental do Ribeiro Frio, com a sua coleção de plantas endémicas, combina num só local, espécies de diferentes habitantes dentro da própria floresta.
Sendo assim, é o ponto de partida perfeito para a instalação do Centro (Vivo!) de Interpretação, desenhado a pensar em estudantes e na educação e instrução que daí advém.
Todos os alunos, de todos os níveis escolares, poderão efetuar o circuito de modo a receber uma ideia geral do que é a floresta Laurissilva.
O percurso em si está dividido em 9 áreas onde predominam espécies diferentes divididas em quatro grupos: árvores, arbustos, plantas herbáceas e fetos.
Se houver alguma palavra que não conheças, existe um glossário no fim com as definições das mesmas. Assim, esperamos ajudar, de uma forma simples e concisa, todos os interessados em aprender mais sobre esta floresta tão especial.
A base deste exemplo vivo que escolhemos para ser referência na tua aprendizagem é o Núcleo de Educação Ambiental do Ribeiro Frio, mas com um pouco de prática irás conseguir identificar estas plantas ao longo de toda a Ilha onde quer que elas estejam. Assim podes ensinar os teus amigos e familiares pois a floresta Laurissilva é de todos nós e cabe a nós protegê-la!
Para começar visitamos o Largo da Tintureira, situado logo à entrada. Aqui a ênfase é dada à Tintureira (Frangula azorica), o Isoplexis (Isoplexis sceptrum) e à Figueira-do-inferno (Euphorbia Mellifera).
De seguida subirão até o Largo do Mocano. Aqui serão observadas espécies como o Goivo da Serra (Erysimum bicolor), a Estreleira (Argyranthemum pinnatifidum subsp. pinnatifidum), as Passas (Geranium palmatum) e por fim o Mocano (Pittosporum coriaceum).
Na Ponte do Aderno, será abordado a raríssima Orquídea-branca (Goodyera macrophyla), o Aderno (Heberdenia excelsa) e o Feto-botão (Woodwardia radicans). A última espécie referida é também retratada na Vereda do Feto-Botão, situado logo após a Ponte do Aderno.
No Largo dos Loureiros, é dado ênfase especial ao Folhado (Clethra arborea), ao Loureiro (Laurus novocanariensis) e o Sanguinho (Rhamnus glandulosa).
Logo de seguida passarão ao Largo do Perado onde poderão observar a Urze-das-vassouras (Erica platycodon subsp. maderincola), o Perado (Ilex perado subsp. perado) e a Faia (Myrica faya).
Os alunos depois descerão pela Rampa do Vinhático, onde poderão observar a Ginjeira-brava (Prunus lusitânica subsp. hixa), o Vinhático (Persea indica) e o Piorno (Teline maderensis).
1 - Largo da Tintureira
2 - Largo do Mocano
3 - Ponte do Aderno
4 - Vereda do Feto-Botão
5 - Largo dos Loureiros
6 - Largo do Perado
7 - Rampa do Vinhático
8 - Alameda do Til
9 - Rampa do Cedro
A penúltima paragem será na Alameda do Til, onde é dado ênfase ao Til (Ocotea foetens), a Urze-molar (Erica arborea) e o Seixeiro (Salix canariensis).
Por fim chegarão à Rampa do Cedro. Aqui serão falados o Pau-branco (Piconia excelsa), a Uveira da Serra (Vaccinium padifolium) e o Cedro-da-Madeira (Juniperus cedrus subsp. maderensis).
Para além destas plantas emblemáticas, existem muitas mais ao longo do percurso a serem descobertas.
